Inclusão de alunas com deficiência intelectual
Em 2015, trabalhando com Matemática, em turma do 6º ano do Fundamental, deparei-me com duas alunas gêmeas, cujo laudo nunca vi, que só copiavam os conteúdos (com uma letra muito bonita!), nem reconheciam numerais e quantidades.Tentei conversar, ver o que sabiam, mas não falavam. Perguntei aos colegas e responderam que sempre foram assim... eles que “ajudavam”, dando as respostas. Então o caderno delas era completo. Podiam ser aprovadas.
Conversei com a professora do AEE e resolvemos tentar ensinar algo, assim como um desafio, e expliquei aos colegas o que seria “ajudar”. Ninguém mais daria as respostas e elas teriam um trabalho diferente em aula. Começamos relacionando os numerais até nove com as quantidades, com atividades práticas de contagem de material.
Elas não conseguiam abstrair o suficiente para realizar operações básicas, mas aprenderam a tabuada de multiplicar do dois. Não entendo como não podiam realizar somas, mas souberam multiplicar por dois.
A equipe diretiva e eu consideramos grande o progresso e foram aprovadas com algo novo em seus pareceres descritivos.
Relato de Isabel Cristina Vaz Antunes
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