terça-feira, 23 de janeiro de 2018




Experiências

Atualmente atuo na rede estadual de Bagé há 6 anos na sala do AEE. Comecei a graduação em Educação Especial em 2005 e comecei a trabalhar como voluntária para a Prefeitura de Bagé como tutora, posteriormente atuando em sala de AEE, até o momento passei por muitos desafios e descobertas. 

A cada novo aluno renovo as intervenções, pois cada um recebe um atendimento diferenciado já que não posso considerá-los iguais. Certos estímulos são necessários a todos, porém cada um aprende a seu tempo e possibilidade. E a cada conquista valorizar mais que o fracasso. 

São importantes as formações continuadas, apoio pedagógico (direção e professores), pais e colegas de turma, este conjunto faz a inclusão. É difícil? Sim, é muito difícil, mas tenho responsabilidades e determinação para continuar, pois ao final de um ano letivo perceber avanços satisfatórios nos alunos é gratificante.

Tenho um filho com Síndrome de Asperger, diagnosticado aos 3 anos, recebe estímulos constantes e hoje passa despercebido em uma turma de alunos, pois teve apoio pedagógico desde cedo, uma escola acolhedora, psicopedagoga e neurologista. Claro que ainda temos que adaptar muitas coisas do dia a dia, mas acreditei na intervenção interdisciplinar. Foi oferecido atividades extras como capoeira, futsal e natação. Hoje percebo os avanços quanto a rotina, medos, alimentação, sono, motricidade fina e ampla, coordenação motora, ritmo, fala, entre outros.

Minha grande frustração é quando uma mãe deixa de levar seu filho ao AEE porque não percebe o valor de uma intervenção motivadora e estimuladora que muitas vezes em suas casas não há, onde aquele aluno poderia ter mais possibilidades na vida cotidiana. Contestam quanto aos métodos, julgando serem infundados, sem objetivos e não percebem pequenos avanços.

Espero ter contribuído minhas experiências com as colegas.

Relato de Cassia Carina P. dos Santos

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