quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Mensagem sobre igualdade e diferença - Boaventura Souza Santos com Turma Juca Byte





Minhas vivências com a inclusão no espaço escolar


Atuo na rede municipal a mais de 10 anos como docente.

Desde que ingressei na profissão sempre me deparei com a inclusão em sala de aula. Ao longo dos anos, já desenvolvi livros de referências, pranchas e outras estratégias e recursos pedagógicos, que buscavam incluir meus alunos. 

Quando encaramos a inclusão é necessário repensar o planejamento a cada momento, para que possamos encontrar soluções inteligentes para possibilitar o acesso ao que está sendo trabalhado em sala de aula.

Relato de Simone da Silva Pinto




Experiência Vivenciada



Sou professora na rede estadual, no município de Candiota. Atuo nas séries iniciais e no AEE. Sou muito feliz em exercer a minha profissão, conhecer a cada riqueza que o aluno traz consigo em seu desenvolvimento e sabedoria. 

Minha maior felicidade e ver o olho brilhar do aluno quando conseguem realizar seu sonho em sala de aula de maneira satisfatória.



Relato de Viviane da Cunha Dahmer


terça-feira, 23 de janeiro de 2018



Dispositivo complexo de aprendizagem como possibilidade de inclusão


Trabalho como professora a 14 anos, já atuei na educação infantil, anos iniciais e anos finais. Refletindo sobre os temas discutidos no decorrer do curso, percebo que o desafio da inclusão sempre esteve presente em minha caminhada docente.

Irei relatar minha vivência pedagógica do ano de 2014, na disciplina de ciências, na turma do 8º ano, onde desenvolvemos um dispositivo complexo de aprendizagem para trabalhar os conteúdos relacionados a fisiologia e anatomia humana. A proposta consistia em criar estratégias metodológicas diferenciadas para possibilitar a compreensão do funcionamento do corpo humano de forma complexa e contextualizada, viabilizando assim, que todos pudessem avançar no campo conceitual independentemente de suas limitações .

Penso que o maior desafio da inclusão é propor estratégias metodológicas que possam contemplar o coletivo e paralelamente garantir a singularidade de cada sujeito. Sinto que a cada ano, a cada nova turma esse desafio se renova e nos convida a nos reinventar.


Relato de Adriana da Silva Pinto





Experiências

Atualmente atuo na rede estadual de Bagé há 6 anos na sala do AEE. Comecei a graduação em Educação Especial em 2005 e comecei a trabalhar como voluntária para a Prefeitura de Bagé como tutora, posteriormente atuando em sala de AEE, até o momento passei por muitos desafios e descobertas. 

A cada novo aluno renovo as intervenções, pois cada um recebe um atendimento diferenciado já que não posso considerá-los iguais. Certos estímulos são necessários a todos, porém cada um aprende a seu tempo e possibilidade. E a cada conquista valorizar mais que o fracasso. 

São importantes as formações continuadas, apoio pedagógico (direção e professores), pais e colegas de turma, este conjunto faz a inclusão. É difícil? Sim, é muito difícil, mas tenho responsabilidades e determinação para continuar, pois ao final de um ano letivo perceber avanços satisfatórios nos alunos é gratificante.

Tenho um filho com Síndrome de Asperger, diagnosticado aos 3 anos, recebe estímulos constantes e hoje passa despercebido em uma turma de alunos, pois teve apoio pedagógico desde cedo, uma escola acolhedora, psicopedagoga e neurologista. Claro que ainda temos que adaptar muitas coisas do dia a dia, mas acreditei na intervenção interdisciplinar. Foi oferecido atividades extras como capoeira, futsal e natação. Hoje percebo os avanços quanto a rotina, medos, alimentação, sono, motricidade fina e ampla, coordenação motora, ritmo, fala, entre outros.

Minha grande frustração é quando uma mãe deixa de levar seu filho ao AEE porque não percebe o valor de uma intervenção motivadora e estimuladora que muitas vezes em suas casas não há, onde aquele aluno poderia ter mais possibilidades na vida cotidiana. Contestam quanto aos métodos, julgando serem infundados, sem objetivos e não percebem pequenos avanços.

Espero ter contribuído minhas experiências com as colegas.

Relato de Cassia Carina P. dos Santos

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018



Inclusão é possível SIM!


Sou professora da Rede Municipal e também sou mãe de um menino muito especial. Vou relatar nossa experiência com o Arthur na escola.

Arthur iniciou sua vida escolar na Escola de Educação Infantil Nossa Senhora do Carmo no ano de 2013. Quando lá chegamos fomos muito bem recebidos e acolhidos por parte de toda equipe da escolinha. Devido a paralisia cerebral, a baixa visão e a epilepsia que o acompanham desde o nascimento, têm um dia bem corrido e cheio de atividades como: fisioterapia, fonoaudiologia, equoterapia, estimulação visual e estimulação cognitiva. Arthur é uma criança muito alegre, ama frequentar as aulas e interagir com seus coleguinhas. Hoje está no pré 1 e é aluno da professora Aline, tem como sua cuidadora a Felipa que fica todo o tempo juntinho dele. Recebe atendimento do A.E.E da professora Alessandra e também é trabalhado e estimulado pela professora Salete do A.E.E. de deficiência visual.

Somos muito gratos com todo o processo de inclusão que o município de Bagé proporciona não só para nosso filho, mas à todas crianças que necessitam de algum atendimento educacional especializado. 

Sentimos que o Arthur foi inserido, adaptado e incluso na escola de uma forma tão simples que nos faz acreditar que a inclusão é possível SIM!

Relato de Silvana Rocha Ferraz

Arthur realizando atividades na E.M.E.I com:  Cuidadores,   Professora do A.E.E e Professora titular 





Relato de experiência


Sou professora alfabetizadora, atuante a 5 anos na rede municipal de ensino. Minha experiência na área da inclusão foi no ano de 2015 e 2016, onde fui professora de um aluno com Síndrome de Down, no 2° e posteriormente no 3° ano. Foi uma experiência desafiadora, porém muito gratificante. Desafiadora porque tinha pouca experiência na área da inclusão e não tinha uma cuidadora na sala que pudesse auxiliar o aluno, que era bastante agitado, fugindo muitas vezes da sala. Sentia falta também de apoio pedagógico e retorno da sala do AEE. 

Mas, aos poucos consegui vencer esses desafios, pois tinha retorno do aluno, que demonstrava sua satisfação em estar na sala, começou a participar, embora com grandes dificuldades. Acredito que o professor deve estar em constante atualização, sempre buscando e estudando, por este motivo escolhi este curso e iniciei também uma nova pós-graduação na área da inclusão.


Relato de Gláucia Pereira Lemos





Experiência de Inclusão


Sou professora de anos iniciais na Rede Estadual de Ensino.

Em novembro de 2017 completei 3 anos de docência. O curso me proporcionou muitos momentos de reflexão, os relatos que li até agora me fizeram pensar no quanto é importante sairmos da zona de conforto e ir a luta. Quando escolhemos esta profissão precisamos ter em mente que vamos enfrentar inúmeros desafios, muitas vezes sem apoio algum, então temos que estar conscientes de que depende de nós e que não adianta ficar reclamando, precisamos levantar e fazer tudo o que podemos, tudo o que tiver ao nosso alcance.

Neste pouco tempo que atuo me deparei com alunos com dificuldades de aprendizagem e sempre procuro me atualizar, pesquisar.  Acho muito importante a confecção de materiais concretos, pois auxilia na aprendizagem de todos.



Relato de Renata Dutra Mieres







Inclusão na Educação Infantil


No ano de 2009 tive uma turma de Educação Infantil de crianças entre 2 a 3 anos de idade, em uma escola privada de Bagé, e foi com essa turma que aprendi a amar a Educação Inclusiva. 

Recebi uma dupla de irmãos gêmeos, cujo diagnóstico de Autismo se deu naquele mesmo ano, através de minhas observações e conversas com a mãe. Logo no primeiro dia de aula percebi as características de Autismo, sendo que o período de adaptação dos irmãos eram em horários diferentes. A partir daí começou minha paixão e amor por eles e até hoje não consigo explicar o que sinto por essa duplinha que hoje está no Ensino Fundamental da Rede Municipal de Ensino de Bagé, pois vivemos momentos muito intensos de troca, conhecimentos e muitos desafios. Foi por eles que fiz a Especialização em Educação Especial e AEE, para poder entendê-los melhor e ajudá-los mais. A turma era maravilhosa, ajudavam os colegas e a mim. Ambos não podiam perceber que estavam entrando na sala de aula nem tampouco, após estar dentro da sala, enxergar a porta sendo fechada. Para isso, foram realizadas várias estratégias, e uma delas, a mais eficaz com aluno ML era entrar com ele no colo, de costas para a porta, cantando e pulando. Mas antes, era necessário observar as demais salas de aula, também cantarolando canções de sua preferência ao “pé do ouvido”. Já em aula, ele gostava muito do fantoche de lobo que eu utilizava nas rodas de conversa. Então quando eu mudava a entonação de voz fazendo parecer o lobo, chamando por seu nome e o convidando a participar, logo se abria um sorrisão naquele rostinho e ele deitava no meu colo observando os movimentos do fantoche. Também conseguíamos chamá-lo à roda, cantando a música da Barata (...a barata diz que tem sete saias de filó…), nesse momento ML ia correndo para o tapete ao nosso encontro. O irmão PL era mais sério e não apreciava muito o toque, também gostava de dar umas mordidas e tapas na professora aqui. Gostava de ficar observando imagens de caixas de brinquedos e livros. Ficava um bom tempo olhando fixamente para as ilustrações. Assim como o irmão, apreciava música e memorizava a sequência das mesmas no Cd. Quando trocávamos esta sequência, deixando de tocar alguma delas, ele se aproximava do som, gritava e chorava em apelo. Claro que foram depois de algumas situações dessas que pude entender o que estava acontecendo. 

Bem, se eu fosse relatar tudo o que aconteceu naquele ano faltaria espaço, mas posso dizer que lutei para que a inclusão acontecesse de fato, briguei e pedi ajuda às mães que podiam a nos acompanhar nos passeios para que nem eles nem a turma deixassem de participar das atividades da escola. Aprendi tanto com aqueles meninos tão pequenininhos mas com uma lição enorme a nos dar enquanto profissionais da Educação e seres humanos.

Relato de Simôni Deble Monteiro





Compartilhando experiências

Sou professora do Atendimento Educacional Especializado e já tinha trabalhado com crianças com síndrome de Down, mas era como tutora. E neste ano foi um grande desafio, apaixonante, adorei. 

O aluno E. R. C. do 4º ano, com 10 anos, no início chegava inquieto atirando objetos, empurrando classes e cadeiras e não se interessava pelas atividades propostas. Com o decorrer do tempo ele foi se acostumando comigo e com a sala. Fui inserindo na rotina dele músicas infantis que gosta, livros e aos poucos tudo o que era oferecido em propostas didáticas, brincadeiras, pinturas, manuseio de massa de modelar, recorte, colagem, jogos de encaixe, de sobreposição, carimbos, danças, atividades de equilíbrio, coordenação motora ampla e fina. Ele fazia com alegria e entusiasmo. Já está falando algumas palavras como: gato, papai, miau, pois ele apenas balbuciava sons e gritos. O aluno conta a história do jeito dele, com gestos, sorrisos, olhares e as palavras que aprendeu.

A professora da sala de aula fez um cantinho com livros, brinquedos, almofadas onde o aluno chega e vai direto fazer a sua rotina. Ela viu grandes progressos no E. R. C. no decorrer do ano.

Relato de Teresa Cristina Nubias







Relato de experiência


Atuo há 10 anos no ensino de matemática e durante este período pude trabalhar com alunos com diversos tipos de deficiências. O fato mais marcante foi perceber o quanto crianças com a mesma deficiência podem ser diferentes.

No meu primeiro ano de trabalho na rede municipal trabalhei com dois meninos autistas, em turmas de 9º ano, mas em escolas diferentes. O planejamento para cada um deles era completamente distinto. Enquanto um tinha um raciocínio lógico apurado e conseguia realizar todas as atividades da mesma forma que os colegas, o outro apresentava poucos avanços nessa área. Não posso afirmar se algum fator influenciou tal diferença. 

A conclusão que cheguei naquele momento foi de que embora estas crianças tenham esta marca que colocamos denominada deficiência, são como qualquer outra, com potenciais a serem desenvolvidos e limitações. Todas carregam consigo sua singularidade e é ela que deve ser pensada em nossa prática docente.


Relato de Cléia D. da Silva Oliveira







AEE e o Lúdico


Atuo como professora há 7 anos e no AEE há 3 anos. Enquanto atuei em sala de aula regular sempre gostei muito de trabalhar com jogos em sala de aula e no AEE pude ainda mais trazer atividades lúdicas que viessem de encontro a real necessidade dos nossos alunos. 

O que me marcou quando comecei no AEE, era que havia uma menina na escola com síndrome de Down que não gostava de frequentar a sala de recursos.  Quando iniciei meu trabalho lá, já introduzi várias atividades lúdicas como jogos e brincadeiras para que pudesse alcançar os meus alunos e atingir os objetivos propostos. A partir de então, através desse trabalho eu e esta menina formamos um ótimo vínculo desde o início e ela passou a gostar muito de ir a sala de recursos, participando de jogos e brincadeiras com os demais colegas, contagiando também os pais que passaram a estimulá-la ainda mais em casa, ao perceberem seu progresso. 

Relato de Catiana Hahn Borges Malcorra




NOSSO RELÓGIO


Atuo há mais de 10 anos no AEE, meu maior desafio foi um aluno com baixa visão, que não apresentava nenhum interesse pelas atividades escolares, tudo que eu tentava fazer partindo do que ele gostava no caso super herois não tinha resultados, foi difícil mas aos poucos e muito lentamente as coisas foram dando certo. 

Certa vez construímos um relógio, foi um trabalho demorado mas havia interesse por parte dele, as pessoas quando viam logo perguntavam em tom de crítica “para que isso se ele vai usar um relógio que diz a hora”. Neste momento não interessava o tipo de relógio que ele iria usar e sim o entendimento do que eram os minutos e segundos, enfim como acontecia no relógio normal que ele não podia visualizar.

 Deu muito certo.

Acredito que serve para todos os alunos e faria grande diferença na aprendizagem de muitos.

Relato de Clarice Dias Torres

Este é o nosso relógio





Jogos e Materiais Acessíveis 


Durante dez anos trabalho no AEE na rede municipal de Bagé, várias são as experiências vivenciadas, algumas positivas outras nem tanto, mas uma experiência importante em 2011, após cursar em POA na Assistiva Tecnologia e Educação sobre Tecnologia Assitiva (TA) me possibilitou utilizar e produzir jogos e materiais acessíveis através do uso do software Boardmaker. Neste mesmo ano recebi um aluno que necessitava desta tecnologia, mas a partir da produção de materiais específicos para ele percebi o quanto o software era rico e poderia me auxiliar com os demais alunos com necessidades especiais. 

Assim durante estes últimos anos faço uso da tecnologia assistiva diariamente contemplando alunos público alvo do AEE que necessitam de materiais adaptados quando necessário. Através do trabalho realizado diariamente no AEE compartilho algumas ações que são realizadas para os alunos com deficiência, atividades e recursos para serem utilizados em sala de aula e nos atendimentos na SRM. 

Tendo como perspectiva desenvolver maiores potencialidades nas ações e interações dos sujeitos e suas aprendizagens, recursos esses que são produzidos no AEE para contemplar o aluno na sala de aula comum, a partir de um planejamento do professor da sala de aula se organiza e produz materiais adaptados às necessidades de cada aluno. 


Relato de Michela Lemos Silveira Machado

Foto 1: Jogo de encaixe construído no software Boardmaker (pode ser usado impresso ou no computador). 


Foto 2: Atividades planejadas para um aluno a partir do planejamento da professora.



Experiências com Inclusão


Sou professora da Rede Municipal fazem 8 anos, minhas experiências com inclusão começaram em 2007, quando atuava como intérprete de Libras. No ano seguinte comecei a trabalhar o português, como segunda língua com quase todos os alunos surdos da rede, fazendo assim um trabalho itinerante, conhecendo as realidades, as questões envolvendo suas famílias as aceitações, o aprendizado que não é fácil, mas com grandes avanços, principalmente das famílias que entendiam e davam apoio aos seus filhos, realmente aceitando e incentivando a trabalhar a língua de sinais e até mesmo se propondo ao aprendizado em família.

Após esse período trabalhei na Secretaria de Educação até o final do 2016, com professores de anos finais, escutando e tentando auxiliar no que fosse possível. Esse ano retornei as salas de aula, com a disciplina de língua portuguesa e fui eu que estava enfrentando e tentando proporcionar aulas que fizessem a diferença para meus alunos. Esse curso veio de encontro com o que procurava, devido às informações e sugestões que esse me proporcionou.

Penso que para o este ano que se inicia possa realmente efetivar as dicas e procurar atividades condizentes aos mesmos, já que através do curso, pude conhecer cada deficiência e refletir sobre a melhor maneira de adequar e entender cada uma delas dando o suporte necessário para nossos alunos. 

Relato de  Hélen Roratto Garcia




A importância da observação pedagógica


Sou professora berçarista da rede municipal de Bagé desde o ano de 2011, sempre voltei meus projetos para possibilitar a inclusão de todos os alunos (fossem estes PNEs ou não), tendo a atualização constante, pesquisa e especializações como aliados.

Minha maior conquista como pedagoga foi o progresso da aluna Samile, do maternal II, portadora de autismo, que no início do ano letivo encontrava-se totalmente ausente, desconfiada, não interagia com a outra colega professora, não participava das outras atividades com os demais coleguinhas. Logo, ao observar com veemência o comportamento da aluna, principalmente ao termos um contato mais próximo durante o almoço, e durante a hora da soneca posterior, onde a aluna não dormia de forma alguma, permitia que a mesma explorasse o ambiente da sala de aula, fazendo o que lhe agradasse, o que possibilitou a análise de seus comportamentos. Aos poucos, com ajuda das minhas especializações (especialmente em Neuropsicopedagogia), foi possível encaminhar a aluna para outro profissional, um neuropediatra, com apoio de sua mãe, o que restou no diagnóstico acima referido. 

Em ato contínuo, a escola e a família passaram a ajudá-la da maneira correta para que seu desenvolvimento fosse adequado, hoje a menina tem uma receptividade e socialização muito melhores, me sinto privilegiada de ter conseguido ajudar minha aluna e praticar efetivamente a inclusão.


Relato de Liliane Martins Costa






PARECER DESCRITIVO DE ALUNO COM AUTISMO

No decorrer do trimestre observou-se que o aluno P.L. 4º ano, manteve um bom relacionamento, junto a turma e professora e com a monitora, que possui um carinho visível. Participou na execução de tarefas e atividade avaliativa com auxílio. Explora conteúdos com recortes e colagens com auxílio, já mostra interesse quando solicitado a recortar com a tesoura.

Em português, está em construção da leitura. Obteve bom conceito na atividade avaliativa no trimestre adaptada para o melhor entendimento com figura, sílabas, letra inicial e consoante adequada a cada figura, com as sílabas em destaque.

Resolveu com auxílio os nomes dos números, contagem das figuras e antecessor e sucessor dos números, soma das figuras e registrar os resultados.

Já aceita que a professora observe seu caderno e deixa corrigir e fica atento quando se desenha uma carinha alegre no mesmo, lhe chamou atenção a carinha que tentou fazer uma.

Entra em aula tranquilo, caminha entre os colegas e faz algumas observações e vai sentar quando a o monitora o chama bem calmo. 

Relato de Maria Goreti Vaz


sexta-feira, 19 de janeiro de 2018









NÃO ACEITAÇÃO DA DEFICIÊNCIA DO FILHO

Em 2015 durante a realização do meu estágio em Pedagogia, atuando como auxiliar de sala, me deparei com uma situação, uma menina de 5 anos com problemas de desenvolvimento intelectual notável, ela sofria preconceito de outras crianças por não conseguir comer sozinha e ter comportamento de criança de 1 ano. 

A professora regente da sala mesmo solicitando à mãe algum laudo para saber de fato qual era a deficiência da criança, sempre foi negado e nunca foi entregue a professora ou na coordenação. A criança estava sem um atendimento especializado, mesmo estando matriculada em uma escola particular, e pela manifestação da mãe em afirmar que a filha somente é prematura e não tinha nenhum problema.

Esta negação dos pais em não aceitar a deficiência ou transtorno do filho dificulta muito o trabalho docente, a criança estava sendo privada de um atendimento especializado que poderia contribuir para seu desenvolvimento.

Relato de Pryscilla da Silva Mendes









Relato de uma mãe com uma filha com retardo mental moderado


Minha luta começou na idade escolar, primeiro escolinhas particulares, onde sempre procurei estar presente em todas as atividades da escola pedindo aos professores que a incluíssem em todas as atividades, não tive muitos problemas nas escolinhas particulares, crianças são sempre muito receptivas, alguns pais por não ter conhecimento ou porque não queriam procurar tal orientação sobre crianças especiais passei sim por vários problemas, mas que sempre foram sanados. Os problemas entre aspas maiores foi ao ingressar no ensino fundamental regular, as escolas estaduais por insegurança e despreparo de alguns professores sentia muita preocupação, por serem turmas grandes de mais de 20 alunos, os coleguinhas interagiam tranquilamente com ela mas sempre sentia muita insegurança em relação aos professores com a aprendizagem dela, mas com o tempo fomos vendo que a socialização dela era mais importante que a aprendizagem por se tratar de uma menina especial. 

Os problemas aumentaram nas séries finais por ter troca de professores, mas encontrei professores dedicados que procuraram estudar sobre o caso dela, levar novidades para incluí-la mas atividades propostas de cada disciplina, sei que não é fácil um aluno especial mas acredito que temos que correr sempre atrás de formação pois cada vez mais aumenta os casos de alunos especiais nas escolas regulares ou privadas. Chegou o final do ensino fundamental, ela fez sua sonhada formatura onde convidou todos os seus colegas e professores, amou tirou várias fotos, encerramos esse ciclo, sem mágoas.

Ensino médio outra batalha, matriculei ela na escolas que seus colegas estavam, mas senti que ficou muito perdida, eles os colegas, então mais isolados cada um com seus ideais dentro de sua idade, senti que os meninos por amadurecerem mais tarde são mais receptivos com ela começou que a mesma não estava tão empolgada de ir a escola, estava sempre dando uma desculpa, conversei com ela e perguntei se gostaria de visitar a APAE da cidade. Aceitou e fomos, este ano que passou frequentou 3 vezes na semana aulas de expressão corporal, culinária, pintura e dança sendo a que mais se identifica. 

A luta da inclusão não é fácil para nenhuma família, mas estamos todos trabalhando para que o processo da inclusão não se torne exclusão muitas vezes por ignorância de alguns. Quero deixar claro que a minha filha, durante toda sua caminhada pedagógica passou por salas de apoio em turno inverso, professoras com formação em classe especial que me ajudaram de alguma forma a passar por todo esse processo. 

Todas as pessoas são especiais, porque Deus coloca-as em nossas vidas para que cada uma delas ensine com um certo jeito de viver, cada pessoa tem seu significado próprio para os outros.”

Relato de Joceane Aparecida de Vasconcelos Amaral

 


Inclusão Aprendendo com a Prática


Sou professora que atua há mais de dez anos na rede e o meu relato é referente a minha primeira experiência com inclusão. 

Foi no ano de 2008 e eu tinha uma turma de terceiro ano e neste ano recebemos uma aluna surda em nossa turma, Eu não conhecia Libras e nunca tinha trabalhado com um surdo. Mas a chegada desta aluna transformou a dinâmica da sala de aula, pois me fez rever vários aspectos da minha prática, o meu planejamento passou a contar com propostas mais práticas e com recursos visuais, o que se tornou atrativo para todos os alunos. Estabeleci um tempo em sala de aula para que pudéssemos conhecer um pouco sobre Libras onde a aluna surda nos demonstrava palavras de seu vocabulário todos realizamos o sinal e depois era desenvolvido alguma atividade com as palavras aprendidas.Todo o material utilizado em sala busquei que fosse acessível, sempre acrescentado estímulos para auxiliar na compreensão daquilo que vinha sendo estudado.

Mas o que considero mais significativo desta experiência foi a relação de compreensão solidariedade e amizade que se estabeleceu na turma, sempre os alunos foram incentivados a criar propostas de atividades, de brincadeiras entre outras, e como a turma estava envolvida no processo não só de aprendizagem mas o de inclusão também, as ideias de brincadeiras dos alunos sempre vinham acompanhadas de adaptações inclusivas como por exemplo a brincadeira do “coelhinho sai da toca” que no momento em que o aluno dá a ordem de forma verbal para sair da toca ele deveria também sinalizar com umas orelhinhas de coelho confeccionada por eles. Ou na homenagem de dia das Mães que a turma optou por apresentar frases em libras ao vez de cantar para que todos da turma pudessem participar. 

Essa experiência me ensinou que não existe um forma correta de incluir e sim que precisamos estudar para podermos planejar e propor atividades adequadas mas que na prática a gente vai aprendendo junto com a turma e passa a desenvolver uma visão mais natural com relação as diferenças e percebe que na maioria das vezes ela nos faz crescer.

Relato de Ingrid Andrade Nunes

                                      







FEIRA INTEGRADA DE CIÊNCIAS


Trabalho em uma escola de ensino integral e inclusão a Escola Estadual de Ensino Fundamental Dr Arnaldo Faria. 

Clientela bem diversificada e de baixa renda.Temos de preparar e atualizar atividades para acontecer a educação integral e atendendo suas necessidades inclusiva e afetivas. As crianças, todas, independente de suas dificuldades, aprendem com as diferenças que se apresentam.

Todos passam pelas oficinas de diversas áreas. Eles são bons nos esportes, músicas, superando as outras áreas. A escola está para os alunos oportunizando acessibilidades necessárias. 

O professor tem um grande laboratório de situações concretas a todo o momento. Sou professora de ciências e educação ambiental. 


Clique aqui e assista o vídeo sobre a FEIRA INTEGRADA DE CIÊNCIAS.

Relato de ENI IRIGOITE ORTIZ MUNHOZ



quinta-feira, 18 de janeiro de 2018




A importância do Trabalho com Projetos Interdisciplinares


Sou Coordenadora Pedagógica na rede Estadual, única escola de Ensino Médio do Município de Lavras do Sul que recebe alunos de diferentes escolas e localidades.

A Adaptação e a integração são fatores importante para o sucesso da aprendizagem dos alunos e em nossa Escola investimos em projetos que possam contribuir para esta adaptação e interação com atividades de trabalho em grupo , onde são capazes de transpor tudo tipo de barreira. 

No ano de 2017, um dos Projetos que Homenageou o ator Paulo Jose Gomes de Souza - Dos Filhos da Terra para o filho da Terra - Projeto este que envolveu todos os componentes curriculares, podemos vivenciar um aluno Surdo envolvido em todas as atividades, inclusive dançando lindamente o “paso doble”, criada e ensaiada a coreografia pelo casal de dançarinos. Vimos outros alunos que frequentam a sala de AEE executando diferentes atividades e o mais importante se sentindo parte do processo. 


Relato de Fátima El Hatal de Souza




Inclusão Social ou do Grupo ou Inclusão Escolar?


Sou professora do Ensino Médio nas disciplinas de Química, Física e Biologia. Tive um aluno no ano passado frequentando o 1ª Ano do Ensino Médio e este ano frequentará o 2°. Ele tem deficiência auditiva. Fez o implante coclear há algum tempo, porém, a família não quis que ele aprendesse libras. Ele ainda escuta pouco e como não foi alfabetizado com libras fica difícil o entendimento.

Ele comunica-se perfeitamente com os colegas, falando algumas palavras e também com gestos, ele é perfeitamente incluído na escola, tendo participado de gincanas onde sua apresentação de dança foi um verdadeiro espetáculo. Dançou um “paso doble” como ninguém. É um rapaz participativo, joga bola, dança, está inserido em quase todas as atividades escolares. 

Com relação ao pedagógico, é uma caminhada que está sendo feita aos poucos, pois, ele já chegou até nós (Ensino Médio) com poucos conhecimentos anteriores, mas estamos caminhando no sentido de possibilitar a ele todas os meios para que ele tenha uma aprendizagem significativa.


Relato de Sabrina Nunes Ribas






Experiência na Orientação Educacional


Como já havia postado anteriormente, já fazem muitos anos que atuo como Orientadora Educacional na rede municipal de ensino. Com essa profissão lido diariamente com as Professoras do Atendimento Educacional Especializado e conseguiria enumerar diversas experiências de alunos com deficiências. Mas quero compartilhar a experiência que tive neste ano de 2017 na minha escola atual. 

Tínhamos um aluno de 13 anos com deficiência mental moderada que acompanhou a turma da forma que era considerado um dos melhores em sala de aula, pois sua dedicação e interesse em aprender superaram os “ditos normais”. O aluno tinha todo atendimento diferenciado pelas professoras e atingiu plenamente os seus objetivos. 

A deficiência não nos faz menores e sim diferentes nas diversas maneiras de aprender e chegar aos objetivos traçados tanto pelos alunos como pelas professoras.

Relato de Carusa Barcellos Pereira Fernandes

Aluno com as Professoras e os Mimos entregues para as Professoras



Aceitação de aluno com deficiência

Na escola onde trabalho existem muitos alunos com as mais diferentes formas de déficit e transtornos, mas um em especial chamou a atenção, após alguns anos onde eram realizados trabalhos diferenciados por parte dos professores sem grandes retornos, pois ele não acompanhava os demais, foi realizado um trabalho de aceitação pela responsável pela sala de AEE, juntamente com os professores do 6º ano e o aluno foi acompanhando a turma. 

No ano de 2017 participei da conclusão de um projeto desenvolvido pela professora de História onde pude observar a turma toda e claro em especial este aluno, pois foi realizada uma visita ao Museu da cidade e após um piquenique em uma praça local, presenciei a mudança ocorrida com ele, a interação, a aceitação por parte dos colegas, o desenvolvimento e a participação deste aluno realizando questionamentos na visita, auxiliando colegas nas brincadeiras na hora do piquenique, participando de forma ativa, e após tudo o relato ao chegar de volta na escola.

Percebi que do modo dele e com as limitações intelectuais houve um grande crescimento e ao encerrar o ano mais ainda, pois o aluno foi aprovado com mérito por ter desenvolvido os conteúdos ao seu modo e com os auxílios necessários.

Relato de Sergio Tavares Bairros





DUDU VISITA A ESCOLA


Vou apresentar o Projeto realizado na EMEF Mascarenhas de Moraes - Bagé/RS. O nome do Projeto foi DUDU VISITA A ESCOLA. 

O Projeto teve por objetivo oferecer atividades diferenciadas, buscando o desenvolvimento dos processos de aprendizagem, do respeito às diferenças e do bom relacionamento social. 

Foram trabalhados atividades focadas no resgate de valores; nos processos de aprendizagem através de atividades lúdicas; na criação de brinquedos com materiais recicláveis; na preparação de receitas e no engajamento de todas as crianças, professoras e funcionárias da escola. 

O projeto foi realizado no período de setembro a dezembro de 2017. 

O mascote DUDU permaneceu na escola durante todo período do projeto e se envolveu nas atividades das turmas de forma específica, ficando em cada turma no período de uma semana, fora isso participou de atividades extras da escola. Dentre as atividades oferecidas estavam: passeios (MEC, AABB, Planetário, Feira do Livro), culinária (receitas de biscoitos, salada de fruta e vitamina), oficina de brinquedos (com materiais recicláveis), pintura livre (Pintura em tela).

 Diante dos objetivos propostos, podemos afirmar que o resultado foi positivo, principalmente em relação ao engajamento de todos nas atividades.

Como encerramento do Projeto foi realizado uma mostra das produções dos alunos e o lançamento do livro DUDU VISITA A ESCOLA!

Relato de Gabriela Padilha Hax



Inclusão de aluno surdo


O relato a seguir não é uma prática de minha autoria, mas é uma experiência exitosa de inclusão que aconteceu em uma escola de uma pequena cidade de abrangência da 13ª CRE. Estou fora de sala de aula já faz muitos anos, porém como assessora da Educação Especial desta coordenadoria, tenho conhecimento não só dos problemas, mas também de boa parte das práticas em inclusão, com sucesso, que são promovidas nas escolas que fazem parte desta regional.

A experiência é sobre o aluno “D”, um menino surdo, que estava cursando o 2º ano do Ensino Fundamental, não sabia Libras e tinha uma comunicação própria com a família. Por isso, na escola ele estava sendo um problema, até achavam que ele teria algo mais além da surdez. Salienta-se que na época a escola ainda não tinha Sala de Recursos.

Conseguimos para a escola uma professora com especialização em Deficiência Auditiva e logo foi constituída a Sala de Recursos, que atualmente é multifuncional. A professora fez um trabalho maravilhoso com o aluno D, ensinou Libras para ele e para todos os alunos da turma.

Os pais dos alunos das outras turmas ficaram sabendo e quiseram que a professora da sala de recursos ensinasse Libras para os seus filhos também. E assim se fez: A professora ensinou Libras para todos da escola e no fim do ano houve uma bela apresentação de todos os alunos cantando e interpretando a música em Libras. O aluno D foi totalmente incluído e as professoras puderam constatar

Relato de Lilian Teixeira da Silveira




Inclusão de alunas com deficiência intelectual


Em 2015, trabalhando com Matemática, em turma do 6º ano do Fundamental, deparei-me com duas alunas gêmeas, cujo laudo nunca vi, que só copiavam os conteúdos (com uma letra muito bonita!), nem reconheciam numerais e quantidades.Tentei conversar, ver o que sabiam, mas não falavam. Perguntei aos colegas e responderam que sempre foram assim... eles que “ajudavam”, dando as respostas. Então o caderno delas era completo. Podiam ser aprovadas.

Conversei com a professora do AEE e resolvemos tentar ensinar algo, assim como um desafio, e expliquei aos colegas o que seria “ajudar”. Ninguém mais daria as respostas e elas teriam um trabalho diferente em aula. Começamos relacionando os numerais até nove com as quantidades, com atividades práticas de contagem de material.

Elas não conseguiam abstrair o suficiente para realizar operações básicas, mas aprenderam a tabuada de multiplicar do dois. Não entendo como não podiam realizar somas, mas souberam multiplicar por dois. 

A equipe diretiva e eu consideramos grande o progresso e foram aprovadas com algo novo em seus pareceres descritivos.

Relato de Isabel Cristina Vaz Antunes




PROJETO DE INCLUSÃO

Poderíamos relatar várias experiências com educação inclusiva. Porém, a atividade que foi mais gratificante e significativa ocorreu em 2016 durante a proposta da criação de um Blog para um curso sobre Tecnologias da Informação e Comunicação. Uma colega que desenvolve um trabalho no Atendimento Educacional Especializado(Dirce) e eu, pensamos numa proposta de criar um projeto que envolvesse o tema inclusão e que fosse com a participação efetiva dos(as) alunos(as). 

Segue abaixo os pontos principais do Projeto: 

PROJETO: FOTONOVELA E INCLUSÃO: ENFRENTANDO A DISCRIMINAÇÃO. 
RÚBIA LUÍSA PORTO DA SILVA MATIELO LEMOS E DIRCE MARA SILVEIRA 
EMEF PROFª MARIA DE LOURDES MACHADO MOLINA.

JUSTIFICATIVA:Diante do processo de inclusão dos alunos com necessidades especiais no ensino regular, percebemos a importância de utilizar as Tecnologias da Informação e Comunicação através da produção de uma Fotonovela sobre o assunto, com o intuito de estimular a produção textual, a reflexão sobre as discriminações existentes e após promover debates sobre a garantia de direitos e o respeito às diferenças.

OBJETIVOS: Romper com os estereótipos referentes aos alunos com necessidades especiais; Promover a criação de uma Fotonovela que aborde o tema Inclusão; Divulgar a Fotonovela na turma para posterior debate sobre discriminações.

PROPOSTA DE DESENVOLVIMENTO: Planejamento do Projeto; Fotos dos alunos e diálogo com eles para a criação da estória; Criação do roteiro (produção textual com falas dos personagens e narração entre as falas); Montagem da Fotonovela; Divulgação da Fotonovela na turma; Debate sobre Inclusão, Respeito às diferenças e Direitos Humanos.

A experiência com este Projeto foi maravilhosa, conseguimos constatar a criatividade dos(as) alunos(as) em relação ao tema inclusão e ficamos encantadas com a finalização da fotonovela onde todos demonstraram o desejo de ver uma educação inclusiva efetiva, com todos na universidade. 

Para visualizar as atividades e fotos na íntegra: https://fotonovelaeinclusao.blogspot.com.br

Relato de Rúbia Luísa Porto da Silva Matielo Lemos



Uma luz no fim do túnel: Minha aluna com Down



Esse é um relato bem extenso e vou fazer um breve resumo.

Depois de alguns anos trabalhando com alfabetização  numa escola do interior,muito tranquila, tudo dentro da “normalidade”, fui removida para uma escola urbana com um número muito bom de alunos e designada também para uma turma de 1º ano. No primeiro dia de aula me deparei com Antônia, uma linda menina portadora da síndrome de down.Tudo novo, escola, colegas, alunos, enfim, sabia que teria um desafio a enfrentar. No decorrer dos dias é que fui ver como tudo aquilo que a Antônia fazia dentro da sala estava me deixando agoniada, pois realmente não sabia o que fazer com ela e foi bem isso que falei para a direção e seus pais. Notei que os pais eram super protetores e mimavam ela demais, tudo girava em volta da Antônia e ela sabia que com muito choro e birras, ganhava tudo. 

Com o passar do tempo fui buscando e estudando tudo sobre a síndrome de down e então consegui um pouco transformar o que parecia um pesadelo em um sonho possível, e assim fui vendo uma luz no fim do túnel. Compartilhamos bons e maus momentos, alegrias e choros, madrugadas sem dormir pois muitas vezes me pegava pensando que cada vez mais é necessário formações continuadas para que nós professores não sejamos pegos de surpresa para atender as necessidades dos nossos alunos inclusos. Realizei um projeto sobre as joaninhas, onde me ajudou a fazer com que a Antônia tivesse responsabilidades e cuidados com os animais, tratá-los com carinho. Levar isso para a sala de aula fez com que ela melhorasse seu relacionamento com todos. Enfim, poderia relatar muito mais sobre essa experiência, mas isso foi a alavanca que me impulsionou a buscar me aperfeiçoar e sair da inércia. 

Antônia foi um tesouro que encontrei e até hoje faz parte da minha vida.

Relato de Andrea cabreira de Oliveira





 Atendimento educacional Especializado 

Aquisição da consciência Visual


Objetivo: Desenvolver a estimulação visuall através de luzes com objetos sonoros e ou luminosos.

As atividades do AEE desenvolvidas com o aluno do Pré l com Baixissima Visão foram realizadas através de objetos sonoros e ou luminosos.

Perceber a luz é primordial para o desenvolvimento da visão. Assim as atividades para esta finalidade, atividades de estimulação visual baseia-se na exposição da luz com lanterna objetos que brilhem no escuro( sonoros ) direcionando a luz para ele ou que brilhe sozinho .

Com essas atividades percebe-se que o aluno aos poucos desenvolve a capacidade de focar e fixar os músculos oculares seguindo os movimentos com o olhar, fixação, focalização e contraste de cores com o cuidado de não direcionar a luz da lanterna diretamente aos olhos. De acordo com suas especificidades o aluno atingiu o objetivo da atividade.

A proposta de sala de aula foi o desenvolvimento da estimulação Tátil, a professora em suas atividades utilizou objetos com várias texturas onde o aluno discriminava elementos relacionando imagens ou objetos a imagem percebendo assim as características e diferenças dos objetos. O Livro tátil é um exemplo onde os alunos trabalham o mesmo objetivo, mas com outros tipos de livros, recursos didáticos.
Relato de Maria Salete Silveira